terça-feira, 16 de abril de 2013

Veja o plano de metas 2013/2016, de Haddad para a cidade de São Paulo.



Veja o plano de metas de Haddad para a cidade de São Paulo.
Na Câmara, Haddad rebate críticas e diz que plano de metas é audacioso
Prefeito conta com repactuação da dívida e acesso a novos financiamentos.
Oposição diz que vai acompanhar as metas passo a passo.
Roney Domingos Do G1 São Paulo
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), apresentou nesta quarta-feira (27) à Câmara Municipal o programa de metas e reconheceu que seu cumprimento será difícil. Orçado em torno de R$ 23 bilhões, o plano recebeu críticas de vereadores da oposição, que o consideram inexequível.
O programa consiste em cem objetivos que o prefeito se compromete a cumprir até 2016, entre eles a construção de 243 creches, 20 CEUs, três hospitais, 150 km de corredores de ônibus, 55 mil moradias, 32 unidades da Rede Hora Certa, 43 UBSs e a ampliação do quadro da Guarda Civil Metropolitana em 2 mil novos agentes.
"Recebo com muita humildade as críticas. É um plano difícil, um plano audacioso, mas é o que São Paulo precisa", disse Haddad. "A ambição do nosso plano, que na opinião de especialistas é difícil cumprir, é elevar o patamar de investimentos para algo compatível com a força de São Paulo." A oposição, porém, diz que vai acompanhar as metas passo a passo.
O prefeito deu mais detalhes do quanto dependerá de ajuda dos governos estadual e federal para concretizar as cem metas previstas. Haddad espera que até junho a Câmara dos Deputados e o Senado Federal tenham aprovado o projeto de lei que abre espaço para renegociação da dívida de São Pauloxcom a União. Esse ajuste, segundo Haddad, representa 20% do valor do programa de metas.
São Paulo depende ainda da repactuação da dívida com a União para "limpar o nome" e ter acesso a linhas de financiamento da Caixa Econômica, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) previstas no Plano de Ajuste Fiscal (PAF).
Haddad conta ainda com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que na área da habitação, segundo ele, deverá alcançar R$ 4 bilhões.
Disse ainda aos vereadores que conta com parcerias com o governo do estado. "A maior delas foi em torno da Casa Paulista, a PPP [Parceria Público-Privada] para construção de 20 mil das 55 mil moradias previstas", disse."Se não fosse isso [os auxílios federal e estadual] esse plano não poderia ser apresentado. Ele conta com aquilo que as outras cidades do país já estão fazendo."
Plano enxuto
Ele defendeu-se das acusações de que o plano de metas é enxuto em relação ao programa de governo, que tem mais de 700 itens. "Extraímos do nosso plano de governo as cem metas que nos parecem prioritárias para que a sociedade possa acompanhar. O número cem foi absolutamente casual", afirmou.
O prefeito acrescentou que o conteúdo foi condensado. "Procuramos agrupar as metas. No programa da administração anterior, dos três hospitais prometidos, cada um era uma meta. Nós agrupamos. Uma das metas é a construção de três hospitais. Isso às vezes confunde as pessoas desinformadas. Acham que isso é um número menor de metas", afirmou.
O predecessor de Haddad, Gilberto Kassab (PSD), foi o primeiro a trabalhar tendo como base um programa de metas. Ele apresentou em 2009 o documento Agenda 2012, com 223 metas, das quais cumpriu 123 em quatro anos.
Acompanhamento
O prefeito também voltou a defender que o método de acompanhamento das metas, ainda a ser definido nas próximas semanas, seja modificado. "Tem gente que defende o sistema binário: cumpriu ou não cumpriu. Não é o meu ponto de vista." Haddad justificou o uso da avaliação binária para cobrar, durante a campanha eleitoral, Kassab. "Em relação aos hospitais, não existia sequer desapropriação do terreno", afirmou.
A secretária municipal do Planejamento, Leda Paulani, reafirmou que manteve alinhamento das metas com o programa de governo. "A gente fez um programa de metas absolutamente consistente com o programa de governo e que a gente julga factível."
Oposição
O líder do PSDB na Câmara, vereador Floriano Pesaro, disse que a oposição vai instaurar um sistema de acompanhamento das metas. Haddad, por sua vez, afirmou que vai trazer do Ministério da Educação um sistema de acompanhamento mais sofisticado.
O vereador Andrea Matarazzo (PSDB) disse que as metas são conservadoras para driblar a fiscalização. Ele também criticou o fato de Haddad incorporar ao seu programa de metas parcerias com o governo estadual, administrado pelo PSDB.
Para Matarazzo, o programa de metas de Haddad é mais enxuto do que o programa de governo para driblar a fiscalização. "Eram 700 promessas de campanha e agora são 100 metas. Sempre é melhor diminuir metas para dizer depois que suplantou as metas", afirmou. "É um governo conservador com orçamento reacionário. Se você olhar os congelamentos, são todos em áreas sociais."
27/03/2013 17h47 - Atualizado em 27/03/2013 19h40
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Data de acesso:16/04/2013

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