__Outro conselho
ao Anti Petistas:
“Se você
conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem
batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha
sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo,
perderá todas as batalhas...”
(Sun Tzu)
Entenda
os conceitos utilizados pelo PT, para concretizar seu Projeto de Poder no
Brasil.
Conceitos
do Pensamento de Gramsci
GLOSSÁRIO
DOS PRINCIPAIS CONCEITOS GRAMSCIANOS:
–
Americanismo e Fordismo:
Modo de
organização racional da produção, baseado no controle dos patrões sobre os
empregados e forte regulamentação das atividades produtivas. Este controle
extravasa os muros da fábrica e impõe um tipo de comportamento padrão para
todos os empregados. O fato de os Estados Unidos já ter nascido liberal e
capitalista, sem contar com uma classe parasitária como na Europa, e de contar
com a força dos valores morais puritanos, contribuíram para a eficiência do
fordismo e para a expansão deste modo de vida à grande maioria da sociedade. A
homogeneização cultural e a simplificação do estilo de vida fazem parte da
cultura americana.
–
Ateísmo:
Para
Gramsci, o ateísmo era uma forma puramente negativa e infecunda, pois sendo uma
negação de Deus, vinculava a existência do homem a esta negação. Para o
socialismo, dizia Gramsci, tal vinculação não fazia sentido, pois o socialismo
parte da consciência sensível teórica e prática do homem e da natureza como o
essencial. Praticar a negação da existência de Deus seria uma outra forma de
colocar Deus no centro de tudo.
-Bloco
Histórico:
Situação
social concreta formada por uma estrutura econômica, vinculada dialética e
organicamente às superestruturas jurídicas, políticas e ideológicas. O cimento
que faz esta ligação é a ideologia que deve ser vinculada por meio dos
intelectuais, que seriam os funcionários dos grupos dominantes.
O Bloco
Histórico realiza-se quando um grupo social consegue impor a sua hegemonia
sobre os demais grupos sociais, criando um consenso ao redor do seu projeto de
sociedade, e da sua concepção do mundo.
–
Catarse:
Passagem
da consciência egoístico-passional para a consciência universal, do plano da
necessidade para o plano da liberdade, das preocupações econômicas para a ação
ética e política. Deixar de lado os interesses econômicos corporativos
imediatos e avançar para a esfera universal. Uma classe social que não consegue
realizar esta catarse, não pode se tornar classe nacional. Não pode dirigir um
bloco histórico majoritário e, portanto, não pode conquistar a hegemonia na
sociedade.
–
Centralismo Democrático/Centralismo Burocrático:
A classe
dirigente do Partido Comunista deve exercer o poder com firmeza. Mas este poder
deve ser exercido de forma democrática, de modo a permitir mobilidade entre os
grupos políticos do partido e abertura para a crítica da sociedade. É uma forma
viva, elástica, dinâmica, que se adapta à realidade do momento. É uma forma
dialética. Este modelo foi proposto por Lênin, que o denominou de Centralismo
Democrático. Ele dizia que: “é necessário buscar a unidade nas aparências de
divergências e as divergências, e mesmo as oposições, nas aparências de
unidade”
O
centralismo burocrático é a degenerescência do centralismo democrático. Quando
o grupo que está no poder impede qualquer mobilidade, qualquer crítica vinda de
fora. Um governo burocratizado se torna um órgão de polícia, como ocorreu nos
regimes fascistas e no stalinismo na URSS.
– Classe
Nacional:
Classe
que incorpora como suas as reivindicações da classe trabalhadora, assumindo
assim o comando do processo de formação de um novo bloco histórico.
– Crise
de Hegemonia/Crise Conjuntural/Crise Orgânica:
A crise
de hegemonia ocorre quando a classe dominante perde o consenso da sociedade.
Quando precisa recorrer à força coercitiva para se manter no poder. Se a crise
for persistente, se a sociedade perder a confiança na ideologia tradicional,
então esta crise passa a ser orgânica. A crise orgânica consiste no fato de que
o velho já morreu, mas o novo ainda não nasceu.
A crise
conjuntural é resultado do conflito existente dentro da classe dominante,
quando os diversos grupos disputam o poder interno. Os grupos subalternos não
participam desta luta.
A crise
orgânica é resultado de um conflito mais amplo entre a classe dominante e os
demais grupos sociais. Este tipo de crise atinge as instituições e pode romper
o bloco histórico vigente. A crise orgânica ocorre quando as classes
subalternas estão organizadas e disputam a hegemonia com a classe dominante.
–
Ditadura do Proletariado
Fase de transição
no processo de implantação do comunismo. Quando o proletariado detendo o poder
político, realiza as transformações sócio-econômicas necessárias para a
evolução rumo à sociedade comunista.
–
Economicismo:
Quando se
atribui aos aspectos econômicos todas as causas necessárias para o advento da
revolução socialista. Quando se acredita que a crise econômica, e somente ela,
seria necessária e suficiente para criar as condições para a queda do
capitalismo.
– Estado
Ampliado:
Estado em
sentido amplo, composto pelas esferas políticas e sociais. Nos termos
gramscianos, Estado Ampliado é formado pela sociedade política (monopólio da
força) mais a sociedade civil (hegemonia ideológica). O Estado ampliado engloba
a burocracia administrativa, o aparato policial-militar, as instituições legais
e também todo sistema responsável pela difusão da ideologia dominante, composto
pela Igreja, sistema escolar, sistema de comunicação, sindicatos, partidos
políticos, etc.
– Estado
Laico:
Quando a
Igreja deixa de ser um aparelho ideológico de Estado e passa a ser um aparelho
privado de hegemonia.
–
Estatolatria:
Culto ao
Estado. Acreditar que a fase da ditadura do proletariado, sobretudo sobre a
forma de ditadura do partido, deveria se tornar permanente.
– Funções
de Dominação:
Monopólio
da força policial, militar e legal
– Funções
de Hegemonia:
Conquista
dos corações e mentes da maioria da sociedade. Ganhar o apoio da maioria via a
difusão de um conjunto de idéias que preencha seus anseios.
– Guarda
Noturno:
O Partido
Comunista deve exercer a função de guardião, para evitar que, durante a
ditadura do proletariado, haja uma acomodação no processo de avanço rumo ao fim
do Estado, rumo ao comunismo. Sem uma permanente vigilância do Partido, as
lideranças que ocupam as funções de governo podem se acostumar com o poder e
suas vantagens, perpetuando-se nestas condições. A ditadura do proletariado
invés de avançar rumo ao comunismo derivaria para uma ditadura tradicional.
– Guerra
de Posição/Guerra de Movimento:
Guerra de
Movimento é o tipo de ataque frontal contra o inimigo com o objetivo de
derrubá-lo rapidamente. Guerra de Posição é o tipo de combate feito nas
trincheiras, com o objetivo de ir minando a resistência do inimigo.
Nas
sociedades orientais, como na Rússia, a fraqueza da sociedade civil frente à
predominância da sociedade política, justificava a adoção da guerra de
movimento. No ocidente, onde por trás da sociedade política existe uma
sociedade civil complexa e atuante, impõe-se a adoção da guerra de posição para
ganhar a direção político-ideológica, via a conquista do consenso majoritário.
–
Hegemonia:
Conquista,
via consenso e persuasão, da direção intelectual e moral da sociedade.
Capacidade de unificar e manter unido o bloco social formado pelas classes
dirigentes e pelas classes subordinadas.
Somente
pela conquista da hegemonia é que é possível realizar a transformação da
sociedade burguesa em sociedade socialista.
–
Ideologia Arbitrária/Ideologia Orgânica:
As
ideologias arbitrárias têm baixa capacidade de aderência pela sociedade. Elas
não conseguem penetrar, de forma profunda e permanente, no pensamento da
população. As ideologias orgânicas têm capacidade de penetração e de conversão
das pessoas rumo a uma nova maneira de ver o mundo. Para Gramsci, o marxismo,
seria precisamente uma ideologia orgânica, que permanecerá até que a sociedade
possa alcançar o ideal do comunismo.
As
ideologias orgânicas têm força psicológica, organizam a sociedade, constituem o
fundamento sobre a qual os homens adquirem consciência de sua posição, e lutam
para mudar esta situação.
–
Intelectual Orgânico:
Grupo
social que exerce funções organizativas, tanto no campo da produção, como da
cultura, e mesmo no campo político-administrativo. O intelectual orgânico atua
por dentro da sociedade, ele faz parte das massas. O intelectual tradicional
tem uma posição destacada da sociedade. Ele faz parte da elite intelectual. O
intelectual orgânico não. Ele está imiscuído nas tarefas cotidianas da massa
trabalhadora. Cabe ao intelectual orgânico elaborar e difundir junto ao povo
uma nova visão de mundo. A ele cabe conscientizar o povo, mostrar sua condição
de explorado e o caminho para se tornar classe dominante.
–
Maximalismo:
O
maximalismo é uma concepção fatalista e mecanicista da doutrina de Marx.
Fica-se eternamente à espera do Grande Dia, sem cuidar, enquanto isso, de
organizar as massas.
– Moderno
Príncipe:
“o
mito-príncipe não pode ser uma pessoa real, um individuo concreto, só pode ser um
organismo. Este organismo já é dado pelo desenvolvimento histórico e é o
partido político, a primeira célula na qual se concentram os germes de vontade
coletiva que tendem a se tornar universais e totais”, o novo sujeito coletivo
já historicamente afirmado, ou seja, o partido político. Força ideal destinada
a realizar aquela “reforma intelectual e moral”. O partido que deve e não pode
deixar de ser o anunciador e o organizador de uma reforma intelectual e moral
(Carlos Nelson Coutinho).
–
Oriente/Ocidente:
Não se
trata de denominação geográfica, mas diz respeito ao estágio de desenvolvimento
econômico e social dos países. Os países onde a sociedade civil se encontra
menos articulada e a sociedade política exerce o domínio da organização social,
se enquadram no conceito de países orientais. Os países onde a sociedade civil
está mais articulada e a sociedade política não detêm a hegemonia do poder, são
classificados como países ocidentais. Esta classificação usada por Gramsci foi
baseada nas condições de desenvolvimento apresentadas pelos países da Europa
ocidental por um lado e pela Rússia de outro. Ele usou esta classificação para
mostrar que a estratégia revolucionária utilizada na Rússia não poderia ser
transplantada para os países da Europa ocidental.
– Pessimismo
da Razão e Otimismo da Vontade:
A razão
deve manter um tom crítico e realista em relação às condições de sucesso da
revolução socialista nos países ocidentais. Deve-se sempre manter-se cauteloso
quanto aos avanços alcançados pela luta do proletariado rumo ao socialismo.
Esta posição contrasta com a visão otimista dos economicistas, dos
maximalistas, que acreditavam que o capitalismo cairia sozinho, e bastaria se
organizar para assumir o poder no dia em que isto acontecesse. Gramsci
acreditava que o advento do socialismo nos países ocidentais só aconteceria se
a classe proletária se mantivesse ativa e operante. O Otimismo da vontade
contrastava com o comodismo dos fatalistas e mecanicistas.
– Questão
Meridional:
Não
integração do mundo camponês sulista italiano aos processos de modernização
econômica e política apresentada pelo norte desenvolvido. O sul, atrasado e
semi-feudal, funcionou como um território colonial explorado pela burguesia
industrial do Norte. Era um mercado cativo devido ao protecionismo e um
fornecedor de mão de obra barata para a indústria do norte. Esta situação unia
os industriais do norte aos latifundiários do sul. O grande lucro dos
industriais do norte cooptava os operários com aumento de salários. Quebrar
esta acomodação histórica seria condição necessária para que o proletariado se
tornasse classe dirigente na Itália.
– Questão
Vaticana:
Os
trabalhadores vivem o catolicismo como problema cotidiano, eles encontram uma
explicação para o mundo na religião católica. O Partido Comunista precisava
compreender as raízes dessa decisão cultural, para orientar as ações dos
intelectuais orgânicos na busca de criação de uma nova hegemonia. A tarefa de
substituir a doutrina católica pela ideologia marxista não pode ser realizada
sem um profundo conhecimento das condições que levaram os trabalhadores a
encarnar o pensamento cristão.
– Recuo
das Barreiras Econômicas:
Em países
mais desenvolvidos, uma crise econômica não gera necessariamente uma crise
orgânica. A linha de defesa da sociedade burguesa se encontra mais além das
barreiras econômicas.
– Reforma
Intelectual e Moral:
Reforma
profunda na forma de pensar do povo. Não se trata apenas uma renovação
política, econômica e social, mas também de uma revolução cultural, do
desenvolvimento de uma nova cultura, de uma nova forma de ver o mundo.
A
Revolução Francesa de 1789 representou uma reforma intelectual e moral da
sociedade francesa, que passou a acreditar que o Estado laico e as instituições
democráticas poderiam substituir a antiga ordem absolutista.
A Reforma
luterana também poderia ser classificada como uma reforma intelectual e moral,
porém de menor amplitude do que a Revolução Francesa.
Gramsci
afirmava que na Itália nunca havia ocorrido uma reforma intelectual e moral que
envolvesse as massas populares, que promovesse uma profunda transformação das
consciências, que gerasse um novo desenvolvimento da vontade coletiva no
sentido da realização de uma forma superior de civilização moderna.
–
Revolução Ativa/Revolução Passiva:
A
Revolução Passiva é uma espécie de revolução sem revolução, uma reorganização
do poder sem mudar substancialmente os valores, a ideologia dominante. O
Risorgimento na Itália foi uma espécie de Revolução Passiva, a Revolução
Francesa foi uma Revolução Ativa.
– Risorgimento:
Processo
de unificação do território italiano em meados do século XIX, quando o grupo
liberal conservador, liderados por Cavour, e unido à monarquia da Casa de
Sabóia conseguiu impor sua hegemonia em relação aos grupos republicanos de
esquerda liderados por Mazzini e Garibaldi.
Gramsci
mostra que a hegemonia alcançada pelo grupo conservador se deu graças a sua
maior capacidade de conquistar apoios junto ao povo italiano, contando com
maior unidade ideológica e melhor organização.
O
Risorgimento foi um dos principais responsável pelo problema da Questão
Meridional, que tanto ocupou o pensamento de Gramsci.
– Senso
Comum
Gramsci
definia senso comum como o folclore da filosofia, uma pseudofilosofia sem uma
ordem intelectual. Ele dizia que a filosofia do senso comum era a filosofia dos
nãos filósofos, uma concepção de mundo absorvida de modo acrítico. O senso
comum ocupa um lugar intermediário entre o folclore e a filosofia.
O senso
comum deve ser superado porque impede que as massas criem uma consciência
crítica de classe. O senso comum, portanto, não pode ser visto como filosofia
do povo.
–
Sociedade Civil:
Aparelhos
privados de hegemonia (organismos aos quais se adere voluntariamente e que não
se caracterizam pelo uso da repressão). Conjunto das organizações responsáveis
pela elaboração e difusão das ideologias, tais como, o sistema escolar, as
Igrejas, os partidos políticos, os sindicatos, as organizações profissionais,
os meios de comunicação de massa, etc. A sociedade civil é um sistema complexo,
capilar e difuso.
–
Sociedade Política
Aparelhos
Estatais de Coerção composto pelo sistema jurídico-legal e pelos aparelhos de
repressão, pela força policial e militar.
–
Sociedade Regulada:
O comunismo,
quando o Estado (mecanismos de coerção) é absorvido pela sociedade civil,
cedendo lugar para a hegemonia e o consenso. Gramsci usava o termo sociedade
regulada como sinônimo de comunismo, para driblar a censura da época.
–
Supremacia:
Quando a
hegemonia e a dominação, o consenso e a coerção, se unificam. Quando o novo
bloco histórico se solidifica.
– Teoria
Ampliada do Estado
Estado
Ampliado é formado pela Sociedade Política mais Sociedade Civil. É a hegemonia
revestida de coerção. Nas sociedades mais desenvolvidas o Estado não é somente
constituído pelos aparelhos de Estado (Administração Pública e Sistema
Constitucional-Legal), mas também pelos aparelhos privados de hegemonia, ou
seja, pela sociedade civil organizada.
–
Transformismo:
Assimilação,
pelo bloco dominante, das frações rivais dentro do próprio bloco dominante e
dos setores que compõem as classes subalternas. É uma forma de cooptação.
Formas de
atuação do maldito PT >>Resumo: Para conquistar e manter o poder, vale
tudo; mentir,roubar,destruir,caluniar,difamar,desviar,chorar,implorar,contar
piadas, fingir indignação, rezar, orar, falsificar documentos, ameaçar e matar.