terça-feira, 16 de abril de 2013

Poesia de Castro Alves-Livros.



Poesia de Castro Alves
Oh! Bendito o que semeia
Livros à mão cheia
E manda o povo pensar!
O livro, caindo n'alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar!

O fluxo e o controle da informação no mundo.



O controle da informação.
A revolução da informação
Estados coexistem em um mundo onde autoridades não têm mais o mesmo poder de controle que tinham no passado
O segundo aniversário da Primavera Árabe no Egito foi marcado por tumultos na Praça Tahrir. Muitos observadores temeram que suas projeções otimistas em 2011 fossem frustradas. Parte do problema é que as expectativas foram desvirtuadas por uma alegoria que descrevia os acontecimentos em termos de curto prazo. Se no lugar de "Primavera Árabe" tivéssemos falado de "revoluções árabes", as perspectivas seriam mais realistas. Revoluções se estendem por décadas, não por um determinado período ou anos.
Foi o caso da Revolução Francesa, que teve início em 1789. Quem teria previsto que, dentro de uma década, um obscuro soldado corso levaria o Exército francês até as margens do Rio Nilo ou que as guerras napoleônicas tumultuariam a Europa até 1815? Se pensarmos em termos de revoluções árabes, muitas surpresas ainda virão.
Até agora muitas monarquias árabes tiveram legitimidade, dinheiro e força suficientes para sobreviver às revoltas populares que derrubaram autocratas republicanos seculares, como Hosni Mubarak, do Egito, e Muamar Kadafi, da Líbia, mas esse processo revolucionário teve início há apenas dois anos.
Essas revoluções políticas árabes incorporam um processo mais profundo e mais longo de mudanças radicais que, às vezes, é chamada de revolução da informação. Não conseguimos ainda compreender inteiramente suas implicações, mas ela vem transformando fundamentalmente a natureza do poder no século 21, em que todos os Estados existem num ambiente em que nem mesmo as autoridades mais poderosas dispõem de uma capacidade de controle semelhante à que tinham no passado.
Os governos sempre se preocuparam com o fluxo e o controle da informação e a nossa não foi a primeira a ser fortemente afetada pelas espetaculares mudanças no campo da tecnologia da informação. A imprensa tipográfica de Gutenberg foi importante para a Reforma protestante e para as guerras que se seguiram na Europa. Mas, atualmente, um segmento muito maior da população, seja dentro ou entre países, tem acesso ao poder que deriva da informação.
Custos. A atual revolução global tem por alicerce os rápidos avanços tecnológicos que diminuíram enormemente o custo de criar, buscar e transmitir informação. A capacidade de computação duplicou a cada 18 meses nos últimos 30 anos e, no início do século 21, seu custo é um milésimo do que era nos anos 70. Se o preço dos automóveis caísse tão rapidamente como o dos semicondutores, um carro hoje seria comprado por US$ 5.
Na década de 80, as chamadas telefônicas por fio de cobre transmitiam apenas uma página de informação por segundo. Hoje, por meio de finos cabos de fibra ótica é possível transmitir 90 mil volumes num segundo. Em 1980, um gigabyte de dados armazenados ocupava uma sala. Hoje, 200 gigabytes cabem no bolso da sua camisa.
Mais crucial ainda foi a enorme redução do custo de transmissão da informação, que reduz as barreiras ao acesso. À medida que essa capacidade de computação se torna mais barata e os computadores encolhem para o tamanho de smartphones e de outros aparelhos portáteis, os efeitos descentralizadores têm sido imensos. O controle da informação está muito mais distribuído hoje do que há poucas décadas.
Como resultado, a política mundial não é mais esfera exclusiva dos governos. Indivíduos e organizações privadas, incluindo o WikiLeaks, empresas multinacionais, ONGs, terroristas ou movimentos sociais espontâneos têm poder e capacidade para assumir um papel mais direto no cenário global.
Difusão. Com a difusão da informação, as redes informais estão debilitando o monopólio da burocracia tradicional e todos os governos veem-se menos capazes de controlar suas agendas. Hoje, os líderes políticos têm menos liberdade para responder a uma situação de momento e, dessa maneira, precisam se comunicar não apenas com outros governos, mas também com a sociedade civil.
No entanto, seria um erro colocar toda ênfase nas lições que as revoluções árabes nos ensinaram sobre tecnologia da informação e poder. Embora, em princípio, essa revolução tenha conseguido reduzir o poder de grandes Estados e aumentar a força de Estados menores e de atores não estatais, política e poder são mais complexos do que o determinismo tecnológico supõe.
Na metade do século 20, as pessoas temiam que os computadores e os novos meios de comunicação criassem um tipo de controle governamental central, como o retratado no livro 1984, de George Orwell. De fato, governos autoritários na China, na Arábia Saudita e em outros lugares usam as novas tecnologias para tentar controlar a informação.
Ironicamente para os utopistas da cibernética, os caminhos eletrônicos criados pelas redes sociais, como Twitter e Facebook, às vezes, tornam o trabalho da polícia secreta mais fácil. Depois dos constrangimentos envolvendo o Twitter, em 2009, o governo iraniano conseguiu abafar o "movimento verde" em 2010.
Da mesma maneira, a "grande blindagem da China" está longe de ser perfeita. O governo chinês conseguiu, até agora, enfrentar a situação, mesmo que a internet tenha se desenvolvido no país. Em outras palavras, alguns aspectos dessa revolução da informação ajudam os pequenos, mas outros ajudam os já grandes e poderosos.
Tamanho ainda é importante. Embora um hacker e um governo possam criar informação e explorar a internet, os grandes governos, para muitos objetivos, podem utilizar dezenas de milhares de pessoas treinadas e ter uma enorme capacidade de computação para desbloquear códigos ou invadir outras organizações.
Novas informações. Da mesma maneira, apesar de a difusão da informação existente hoje ser barata, a reunião e a produção de novas informações, com frequência, exigem grandes investimentos e, em muitas situações competitivas, essas novas informações têm muita importância. A reunião de informações secretas é um bom exemplo e o complexo vírus chamado de Stuxnet, que tirou de operação centrífugas nucleares iranianas, parece ter sido criação de um governo.
Governos e grandes Estados ainda possuem mais recursos do que os atores privados com acesso à informação, mas o campo hoje está mais povoado. Quem vencerá e quem perderá? Serão necessárias décadas para respondermos a essas perguntas. Como os acontecimentos no Egito e em outros lugares mostraram, mal começamos a compreender os efeitos da revolução da informação sobre o poder no século atual. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO
* É EX-SECRETÁRIO ADJUNTO DA DEFESA DOS EUA, PROFESSOR EM HARVARD E AUTOR DO LIVRO 'SOFT POWER: THE MEANS TO SUCESS IN WORLD POLITICS
15 de fevereiro de 2013 | 2h 02
Joseph Nye - Project Syndicate - O Estado de S.Paulo.

Data de acesso:16/04/2013

Tarifas do transporte público em São Paulo, devem subir em junho de 2013.



Presente de grego:
Alckmin e Haddad dizem que tarifas do transporte público devem subir em junho de 2013.
Aumento foi adiado para ajudar em combate à inflação.
Percentuais ainda não foram definidos, dizem prefeito e governador.
Tatiana Santiago Do G1 São Paulo
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmaram nesta quinta-feira (11) que as tarifas dos transportes públicos em São Paulo devem ser reajustadas em junho. O aumento vai afetar trens, Metrô e ônibus municipais.
Haddad já havia sinalizado anteriormente que o aumento ocorreria no fim do atual semestre. Entretanto, durante evento na Zona Leste, Alckmin também apontou a data como referência para o reajuste. Ele disse que o aumento foi adiado para ajudar no combate da inflação.
“Meu compromisso com o governo federal em função da política de combate à inflação, com a qual eu concordo inteiramente, foi postergar o reajuste. Já faz dois anos e meio do último reajuste. Então, a Prefeitura vem suportando com subsídios um período muito longo, dois anos e meio, praticamente. Nós faremos o reajuste em junho conforme anunciado", afirmou Haddad.
Questionado se as tarifas do Metrô e da CPTM serão reajustadas em junho, como o valor da passagem dos ônibus municipais, o governador disse acreditar que isso deve ocorrer na mesma data.
“Normalmente o reajuste de trem e metrô é em fevereiro, a cada 12 meses. No sentido de colaborar e evitar a alta da inflação, nós também estamos cobrindo um subsídio importante, provavelmente também será em junho”, afirmou Alckmin, após visita às obras do estádio do Corinthians, na Zona Leste de São Paulo.
Alckmin disse ainda que a adoção do Bilhete Único Mensal para os trens e Metrô está sendo estudado pela Secretaria de Transportes Metropolitanos.
O governador também anunciou nesta quinta que os trens do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) terão intervalos menores em 2014 nos horários de pico. A estimativa é que o intervalo entre as composições caia de cinco para três minutos na CPTM. No Metrô, o tempo de espera cairá de 120 segundos para 85.
Falhas
Na tarde de quarta-feira (10), um descarrilamento de trem interrompeu a circulação das composições na linha 12 - Safira (Brás-Calmon Viana). Acidente aconteceu em Poá, entre as estações Manoel Feio e Itaquaquecetuba. Ninguém ficou ferido.

No domingo (6), um princípio de incêndio no Centro de Controle de Operações (CCO) da Estação Brás da CPTM provocou a interrupção na circulação em cinco linhas e deixou uma sexta parcialmente paralisada na capital e da Grande São Paulo. As causas do incêndio serão apuradas por sindicância interna.
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·         11/04/2013 14h40 - Atualizado em 11/04/2013 14h57
Data de acesso:16/04/2013

Governador Alkmin propõe mudanças no Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA.



Alckmin defende mudança no ECA para punir menor infrator
.O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que no prazo de 15 dias o PSDB vai apresentar, no Congresso Nacional, um projeto que prevê a alteração do ECA (Estatuto da Crianças e do Adolescente).
Alckmin defendeu mudar a forma como é feita hoje a prisão de menores infratores. A ideia do projeto é que, ao completar 18 anos, o menor infrator cumpra o restante da pena em uma unidade prisional normal e não na Fundação Casa (antiga Febem). O governador também diz ser favorável a aumentar a pena dos menores em casos de crimes graves, como em casos de homicídios e latrocínios.
"É uma reflexão que a sociedade precisa fazer. Em casos graves, o jovem, ao completar 18 anos, deveria sair da Fundação Casa [e passar para o sistema prisional convencional]", defendeu Alckmin hoje.
O anúncio foi feito pelo governador após a morte do estudante Victor Hugo Deppman, 19.
O estudante foi assassinado na terça-feira (9) à noite na porta do prédio onde morava com a família, no bairro do Belém (zona leste de SP). Um adolescente de 17 anos confessou ontem (10) que atirou na cabeça do jovem. O criminoso levou o celular
da vítima.
O autor do disparo foi levado para uma unidade da Fundação Casa. O menor infrator, segundo a polícia, completa 18 anos amanhã (12).
Para Alckmin, o caso do jovem morto na zona leste é um dos episódios que deveriam ser considerados graves. "O jovem preso está a poucos dias de completar 18 anos", afirmou Alckmin. O governador já vinha defendendo publicamente mudanças no ECA, mas, agora, segundo ele, as alterações serão formalizadas em um projeto.
DE SÃO PAULO -Atualizado às 13h08
11/04/2013 - 12h58
Data de acesso:16/04/2013