Resistência Francesa
Curta e
Compartilhe!
Por Emerson Santiago
Ficou
conhecida como Resistência Francesa (em francês: La Résistance française)
uma coleção de diversos movimentos organizados com o objetivo de libertar
a França da ocupação alemã e do movimento colaboracionista francês baseado em
Vichy, durante a Segunda Guerra Mundial.
Além da libertação de seu próprio país, a Resistência teve um papel importante
no auxílio aos aliados em meio ao seu avanço na Europa Ocidental, fornecendo
relatórios de inteligência vitais, e ainda promovendo inúmeros atos de
sabotagem contra as rotas de abastecimento das forças alemãs e suas linhas de
comunicação no interior da França.
O
episódio da capitulação da França em junho de 1940 deixou a população em
choque, pois a opinião pública fora convencida pela classe política de que o
exército de seu país, juntamente com a proteção da Linha Maginot, eram mais do
que suficientes para resistir a um provável ataque alemão. Assim, a velocidade
e a severidade com que foi imposta a derrota aos franceses supreendeu a todos.
O país foi então dividido em dois setores, norte e sul, sendo que o norte
permanecia sob ocupação militar alemã e ao sul era fundado o "Estado
Francês", conhecido como "França de Vichy", com capital
nesta cidade francesa, e que detinha o controle sobre a maior parte dos
territórios ultramarinos franceses. Este estado colaboracionista criado pelos
alemães foi entregue a um grupo de simpatizantes do regime nazista, encabeçado
pelo Marechal Henri Pétain, herói da Primeira Guerra,
cuja reputação era alta entre o exército e a população. Desse modo, enquanto no
norte os grupos de resistência pegavam em armas, formando milícias para atacar
os ocupantes alemães, no sul o movimento estava mais concentrado na propaganda,
e não tanto na resistência armada, pois havia ainda um sentimento
anti-britânico a ser considerado, o que atraía simpatizantes à França de Vichy.
Assim, os
franceses estavam posicionados em ambos os lados, divididos pela estima à
pátria e por ideologias pessoais. Do mesmo modo, havia movimentos de
resistência que recebiam ordens diretas do Executivo de Operações Especiais
baseado no Reino Unido, a resistência dos militantes comunistas, divididos pela
política orientadora de Moscou (o pacto Molotov-Ribbentrop de não-agressão
entre alemães e russos inibiu muitos comunistas a exercerem resistência, pois
Moscou no momento estava em acordo com os nazistas), grupos leais ao general de
Gaulle, os movimentos de resistência regionais que queriam independência, etc.
No norte, o alvo era simplesmente os alemães, enquanto no sul somava-se a estes
o governo de Vichy. Os primeiros grupos de resistência surgiram no norte, como
a OCM (Organização Civile et Militaire) e o Libération Nord, e ficaram
conhecidos pelo nome de "Maquis" nas áreas rurais (maquis é o nome
dado a um tipo de solo montanhoso do sudeste da França).
Em meio a
um início caótico devido à suas divisões internas, a resistência começou a
tomar corpo e em 1941 já era mais organizada, oferecendo dificuldades sérias
aos alemães com suas táticas de guerrilha. Com a infiltração dos aliados após o
Dia D, a
dominação alemã fica seriamente ameaçada, e estes decidem ocupar o país todo, o
que contribuiu para unir ainda mais a resistência, mas não a ponto de,
terminada a guerra, não ocorrer uma certa disputa entre as várias correntes
políticas sobre quem governaria a França no pós-guerra. O marechal De Gaulle
acabou por ganhar tal "queda de braço" e comandaria o país pelos
próximos vinte anos.
Bibliografia:
indeterminado. Resistência Francesa ("Os Maquis"). Disponível em <http://www.infopedia.pt/$resistencia-francesa-%28os-maquis%29>. Acesso em: 22 abr. 2012.
indeterminado. Resistência Francesa ("Os Maquis"). Disponível em <http://www.infopedia.pt/$resistencia-francesa-%28os-maquis%29>. Acesso em: 22 abr. 2012.
indeterminado.
The French Resistance (em inglês). Disponível em <http://www.historylearningsite.co.uk/french_resistance.htm>.
Acesso em: 22 abr. 2012.
Arquivado
em: Segunda Guerra Mundial
Data de acesso: 30/04/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário